domingo, 19 de junho de 2016

Quem mete o pau nos gays?

Felipe Marques Pereira

No dia 12 de abril deste ano, o jornal "diarinho", conhecido pela linguagem popular com que notícia os fatos (na verdade uma maquiagem onde o uso dos palavrões e erros intencionais disfarça os erros de português dos seus colunistas) publicou uma reportagem com o título: "Pastor que mete o pau nos gays participará de congresso".

A postura do pastor Silas Malafaia é bem conhecida, e suas críticas as propostas do grupo LGBT também. Sem significar que eu concorde com a metade do que disse o tal pastor, volto a tocar no assunto da agenda do movimento gay.

A sociedade é como um organismo, por isso falamos de orgãos públicos, e assim como num organismo vivo quando um órgão não funciona direito, o corpo todo fica doente. A família é chamada de célula da sociedade porque a célula é a menor parte de um organismo com capacidade de se reproduzir, daí o absurdo de chamar pelo mesmo nome - casal - a relação entre um homem e uma mulher e a de outros agrupamentos sociais diferentes como a relação homossexual.

Roberto F. Dantas em Direito Constitucional, comentando o artigo 226 da CF, diz que a família é a base da sociedade, com especial proteção do Estado, reconhecendo a união entre homem e mulher e que a lei deve inclusive facilitar sua conversão em casamento. [1]

Chamar coisas diferentes pelo mesmo nome é tipico das sociedades primitivas, como bem observou Jhon Zerzan, nas tribos de caçadores-coletores as crianças chamavam todos os homens de pai e todas as mulheres de mãe. [2]

Se a família é a célula e a base da sociedade a sociedade deve refletir por analogia as relações de poder advindas do ambiente familiar. Como o pai é o primeiro modelo de autoridade, a lei da palmadinha e outras medidadas que resultam, pretendendo ou não, em limitar a ação e a autoridade dos pais sobre os filhos, tipicas de um governo totalitário que não pode admitir nenhuma autoridade concorrente, nem mesmo a do pai.

A tentativa de desmoralizar o Silas brincando com os termos e associando o combate as propostas (com a violência de um "quebra pau") á relação sexual ("que mete o pau") só demonstra que o diarinho não tem nada para acrecentar sobre o assunto e é também uma forma de desrespeito aos gays, podendo o diarinho continuar a focar no que sabe fazer melhor: publicar anúncios de garotas e garotos de programa.

Contato:felipemarquespereira2015@outlook.com

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NOTAS
[1]DANTAS, Roberto F. Direito Constitucional. 2007.

[2]ZERZAN, Jhon, Futuro Primitivo. 2007

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Em que o estupro coletivo tem a ver com o casamento coletivo

Felipe Marques Pereira

Todo mundo já ouviu falar no casamento coletivo que é um evento onde várias duplas de noivos se casam ao mesmo tempo, no mesmo espaço físico e com efeitos jurídicos. Aplicado por analogia um estupro coletivo seria o estupro simultâneo de várias pessoas no mesmo espaço físico.

Antes que me digam que uma discussão sobre nomes é vazia, ela no mínimo revela a pressa com que os parlamentares reagiram ao clamor da população diante do caso de estupro da menina de 16 anos e que responderam tipificando no código penal o crime do "estupro coletivo". E como tudo que é feito meio que as pressas pode não sair muito bem.

Enquanto alguns tentam culpar a vítima dizendo que foi com o conscentimento dela ou que não foram bem trinta e etc. O fato é que essas práticas de violência contra a mulher que estão sendo imputadas contra a civilização ocidental cristã mas paradoxalmente são tão comuns na Índia, e nos países do médio oriente de maioria muçulmana, estão se tonando cada vez mas comuns a medida que cresce o ateísmo e a descrença.

Contato: felipemarquespereira2015@outlook.com